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"Não vim fazer campanha". Montenegro justifica Conselho de Ministros no Bolhão com descentralização

por Inês Moreira Santos - RTP
José Coelho - Lusa

Luís Montenegro levou esta quarta-feira o Governo até ao Mercado do Bolhão, no Porto, para um Conselho de Ministros de balanço de um ano de governação. Em ambiente de pré-campanha, o primeiro-ministro quis tecer um balanço positivo. Quanto a uma mensagem que circulou entre militantes do PSD, a apelar à mobilização para o evento, o primeiro-ministro garantiu não saber de nada.

O primeiro-ministro admitiu, relativamente à mensagem, que “podia haver trabalho político das estruturas”, mas frisou não ter levado a cabo “nenhuma diligência”.

“Não sei a que se está a referir”, garantiu mesmo, em resposta aos jornalistas.

Segundo o ainda primeiro-ministro, o Governo conseguiu, num “quinto do tempo desta legislatura”, executar um terço das medidas previstas.

O país tem hoje estabilidade financeira e económica e “teve estabilidade política”, disse Montenegro no final do encontro, que aconteceu no Mercado do Bolhão, no Porto. “Pode dizer-se que tivemos um Governo de concertação, que muitas vezes acertou e concertou com a sociedade planos de ação, planos de entendimento”, afirmou ainda o primeiro-ministro. “Foi um ano em que muitas iniciativas que estavam e estão no programa do Governo foram realizadas e executadas. Onde a pedra de toque foi ação, foi decisão, foi execução e foi responsabilidade. Foi estabilidade e responsabilidade”.

“Foi um ano em que superámos todas as expectativas do ponto de vista económico e do ponto de vista financeiro”, continuou.Questionado sobre o motivo pelo qual o Porto foi a cidade escolhida para o Conselho de Ministros, Montenegro justificou que o Governo se tem reunido em “vários distritos do país, descentralizando as reuniões (…) e alguns eventos importantes na ação do Governo”.


Sobre a relação com a Presidência da República, o primeiro-ministro destaca que foi “extraordinária” e que se “vai manter”.

“Estamos todos empenhados (…) em dar aos portugueses para lhes dar as respostas que eles esperam”.
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